Twitter e Facebook viciam mais que cigarro e álcool - É o que dizem os resultados de um estudo na Alemanha

07/02/2012




Um novo estudo sugere que mídias sociais como o Facebook e o Twitter são mais viciantes do que o cigarro e o álcool.

Uma equipe da Universidade de Chicago conduziu recentemente um experimento envolvendo 205 pessoas em Wurtzburg, Alemanha, para analisar as propriedades viciantes das mídias sociais e outros vícios.

Os participantes do estudo, que durou uma semana, eram avaliados através de smartphones BlackBerry sete vezes por dia. Durante a avaliação, eles precisavam informar se sentiram algum “desejo” nos últimos 30 minutos e se eles sucumbiram ou não a ele. Além disso, os participantes também deveriam classificar os desejos usando uma escala que ia de “leve” até “irresistível”.

No total, os participantes enviaram 10.558 respostas. Além disso, eles relataram 7.827 episódios onde sentiram algum desejo. Os resultados do estudo devem ser publicados em breve no jornal Psychological Science, mas dados preliminares obtidos pelo The Guardian sugerem que a alta taxa de “falhas de autocontrole” (ou incapacidade de resistir ao desejo) está ligada às mídias sociais.

De acordo com Wilhelm Hofmann, líder da equipe que conduziu o estudo, as pessoas tem mais dificuldade para resistir às mídias sociais porque não existem efeitos negativos imediatos no ato de utilizar serviços como Facebook e Twitter. Apesar disso, ele alerta que estes serviços podem consumir boa parte do tempo dos usuários.

“O desejo por este tipo de mídia pode ser difícil de resistir devido a sua alta disponibilidade e também porque não ‘custa nada' exercer estas atividades, mesmo quando a pessoa tenta resistir”, disse Hofmann.

“No caso do cigarro e do álcool existem três custos distintos – os problemas do uso a longo prazo, o preço e a falta de oportunidade (locais onde é proibido fumar, por exemplo). Portanto mesmo se o desejo de usar as mídias sociais oferece menos consequências, o uso frequente pode roubar muito tempo das pessoas”, concluiu ele.

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